Sem nenhuma providência
tomada pelas autoridades competentes, o patrimônio público de Itaituba,
especialmente as terras patrimoniais, onde deveriam ser construídos creches,
escolas praças e postos de saúde para a população, estão sendo vendidos pelos
próprios fiscais da prefeitura. Roque dos Santos, Marcos de Souza e Renato de
Oliveira, são acusados de comandarem o esquema de rapinagem das terras da
prefeitura.
Miguel Trajano foi ameaçado pelos fiscais |
As pessoas que deveriam zelar pela
conservação do patrimônio público, são as primeiras a promoverem a lapidação dos
imóveis da prefeitura. Uma quadra completa no Vale Novo Paraíso, bairro do
Piracanã, foi vendida pelos próprios fiscais da prefeitura de Itaituba e a
denúncia só foi feita pelo comprador pós a área ser invadida pela
população. No papel está tudo dentro do figurino, no contrato de compromisso
de compra e venda de imóvel. De um lado os vendedores Roque Dayan Brandão dos
Santos, Marcos Evangelista Barroso de Souza e Renato Palma de Oliveira filho e
do outro lado, o comprador Joacy Miguel Trajano.
Mas o que chama atenção no detalhe da negociação, é que o objeto de venda faz parte do patrimônio público municipal e os vendedores são fiscais lotados dentro do setor de tributos da Prefeitura de Itaituba. Em Itaituba fomos procurados pelo mecânico Miguel Trajano, que acusa os três fiscais de terem lhe vendido um terreno que havia sido repassado ao patrimônio público pela empresa Gusmão Empreendimentos, responsável pelo loteamento Novo Paraíso, no bairro do Piracanã.
A empresa responsável pelo loteamento devolveu, por direito, três imóveis urbano localizados no Loteamento Novo Paraíso, no bairro do Piracanã, Rua 37, esquina com Travessa F – Quadra 23, sendo que os referidos terrenos seriam destinados para o Município construir logradouros públicos de interesse da comunidade. Inclusive, o contrato de compra e venda foi reconhecido no Cartório de Registro de Imóveis do Primeiro Ofício.
A revolta de Joacy Miguel Trajano, é que ao descobrir que havia sido enganado pelo trio, esteve no Setor de Tributos da Prefeitura tentando reaver o dinheiro pago pelo terreno, no valor de R$ 17.000,00 (dezessete mil reais), tendo pago no ato da assinatura do contrato cerca de quatro mil reais, com o restante do valor sendo parcelado em quatro parcelas iguais de três mil, duzentos e cInquenta reais, para ser quitado todo dia 22 de cada mês, sendo a primeira para agosto deste ano e assim sucessivamente.
Como foi ameaçado pelos fiscais que se recusaram a resolver o impasse, a vítima, Joacy Miguel Trajano, esteve na Delegacia de Polícia registrando Boletim de Ocorrência contra os três fiscais de tributos, a quem acusa de ter vendido um patrimônio que não pertencia a eles, mas sim à Prefeitura de Itaituba e que não pode perder o dinheiro que pagou pensando se tratar de um negócio legal.
Joacy Miguel Trajano registrou o BO no dia o4 de agosto deste ano denunciando os fiscais, pela prática de estelionato ao dispor de coisa alheia como própria, Entretanto, como seu caso não foi solucionado, ele espera que o Município se posicione, já que “se trata de um grave crime contra o patrimônio municipal”, garante Trajano.
O disse que percebeu que havia sido vítima de um golpe por parte dos três fiscais, quando esteve na Prefeitura para efetuar a legalização dos terrenos e descobriu que os mesmos não pertenciam aos fiscais, mas sim ao próprio Município, enfatizando que os três servidores que lhe aplicaram o golpe do terreno são lotados no setor de terras patrimoniais da Secretaria de Fazenda.
E por descobrir a falcatrua, Trajano disse na Polícia, ao delegado José Bezerra e à imprensa, que foi coagido e ainda ameaçado de morte pelos fiscais, pelo fato de estar brigando por seus direitos, já que comprou e pagou por uma área de terra que não pertencia a eles, mas sim ao Município.
A vítima apresentou documentos provando que os fiscais agiram desonestamente, e espera que a administração municipal tome uma medida punitiva, abrindo sindicância administrativa contra os três servidores, pois não pode ficar no prejuízo.
Fonte: Fonte Jornal Folha do
Oeste
Com informações de
Nazareno Santos
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