A luta por um lugar ao sol no
serviço público se transformou em martírio para um grupo de concursados que veem
cada dia mais distante seu sonho se tornar realidade. Anos de estudo e milhares
de reais gastos em formação depois, têm que conviver com a frustrante espera
pelo chamado que nunca chega.
A câmara municipal de
Itaituba, realizou um concurso seletivo para supri as necessidades de
funcionários daquele poder legislativo em 2009, na gestão do ex-presidente
Hilton Aguiar, com validade de 02 anos, e foi refogado por mais 02 anos pelo ex
presidente Cebola, e deve vencer somente no dia 10 de Novembro.
Acontece que observando
as atuais necessidades da câmara municipal, o atual presidente Wescley Tomaz
resolver contratar alguns servidores para determinadas funções em vez de chamar
os aprovados em concurso para assumir as respe-quitivas vagas, de acordo com
informações dos concursados.
Acontece que se isso realmente
estiver acontecendo, não será o que tinha prometido o atual presidente em
palanque, que quando em campanha, prometia valorizar os servidores e dar total
apoio aos funcionários aprovados em concurso que estão esperando pelas suas
convocações.
Particularmente se for
verdade, considero a decisão do presidente, um retrocesso e, posso ir mais além,
inconstitucional. Não há dúvidas de que a contratação temporária ou a
terceirização de funções que são exercidas por servidores efetivos usurpam o
direito dos aprovados em concurso público, principalmente dentro do número de
vagas. Que os temporários, terceirizados, comissionados etc e tal sejam
substituídos pelos aprovados no concurso, no montante que a administração
necessitar, a se comprovar pelo número de contratados sem concurso. Pensar o
contrário, salvo melhor juízo, é afrontar a moralidade administrativa (para ser
bem claro e simples ao amigo leitor, haja vista que esse comentário tem longe
pretensão de ser um tratado). Ou é correto simplesmente não convocar os
aprovados dentro do número de vagas previsto em edital , e contratar
terceirizados ou criar cargos comissionados para as mesmas funções?
Sinceramente, não vejo lógica nisso. Mais e mais, não vejo
constitucionalidade.
Na última semana, o Supremo
Tribunal Federal publicou uma importante decisão que poderá ser um divisor de
águas para o serviço público do país. Segundo a Corte, candidatos aprovados
dentro do número de vagas previstas nos editais de concursos públicos serão,
obrigatoriamente, nomeados para os cargos para os quais se inscreveram. Os
ministros foram unânimes na deliberação, reafirmando a decisão anterior do
Superior Tribunal de Justiça. Ressalta a decisão que o direito à nomeação inicia
quando se realizam as condições fáticas e jurídicas, relacionadas ao certame e
"constitui um direito fundamental e expressivo da cidadania". De acordo com o
site do STF, o ministro se refere a "previsão em edital de número específico de
vagas a serem preenchidas pelos candidatos aprovados no concurso; à realização
do processo seletivo; homologação do concurso; e proclamação dos aprovados
dentro das vagas previstas no edital em ordem de classificação por ato
inequívoco e público da autoridade administrativa
competente".
De acordo com avaliação do
relator, para que os órgãos não contratem os aprovados deverá haver motivação
justificada, uma vez que havendo a promoção do concurso, pressupõe-se que
existem cargos a serem preenchidos e previsão de lei orçamentária para as
efetivações.
Portanto, o candidato que se
encontre em tais situações e pretende acionar o órgão público para obter sua
nomeação deve atentar para essas nuances jurisprudenciais, assim como os
gestores devem se conscientizar do papelão que fazem quando promovem concursos
alimentando esperanças de candidato para depois preteri-los diante da comodidade
de contemplar alguns amigos de fé e camaradas
correligionários.
Os atuais aprovados no
referido concurso da câmara municipal de Itaituba, já procuram o atual
presidente, e explicaram a humilhante situação que eles estão passando, alem de
comprovarem para ele as suas necessidades em começar a trabalhar. Mais
infelizmente foram de acordo com a informações dos próprios aprovados, tratados
com indiferença pelo presidente Wescley Tomaz e eles prometem entra na justiça
ainda essa semana, junto a promotoria estadual para tome as medidas legais
diante aos fatos.
Presidente se o fato for
verdadeiro, dou para o senhor Bola Mucha.
COMO DIZIA O EX-PREFEITO BENIGNO REGIS "BOI DE CUIDA COM SAL E VEREADOR COM DINHEIRO" É O GOVERNO DO SEI FAZER E VOU FAZER" PORQUE EU DIGO ISSO A CAMARA E A PREFEITURA UMA É EXTENSÃO DA OUTRA, INFELIZMENTE EM NOSSO MUNICIPIO OS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO É UM SÓ, COMO QUE PODE HAVER UMA FISCALIZAÇÃO NO GOVERNO MUNICIPAL NUNCA, E ISSO É LAMENTÁVEL.
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