O trio diante do "material de trabalho" |
Um trabalho de investigação desenvolvido
ao longo de um mês e meio culminou na prisão de uma quadrilha especializada na
prática de estelionato. As principais vítimas do bando eram idosos incautos,
principalmente por ocasião do recebimento da aposentadoria. A prisão aconteceu
na tarde da última quarta-feira (30) na zona central de Itaituba, Oeste do
Estado, minutos depois de a quadrilha ‘aplicar’ mais um golpe contra um idoso na
saída de uma agência bancária. Segundo levantamento feito pela equipe do tenente
Almir Castro, do Serviço Reservado da PM de Itaituba, o trio faz parte de uma
quadrilha maior que foi montada no estado do Amazonas e já atuou em várias
cidades paraenses. “Eles agiram em cidades da região da Calha Norte; passaram
por Santarém e agora estavam agindo em Itaituba já há algum tempo. Nós começamos
a monitorar o grupo a partir das primeiras ações, ainda no ano passado”, relatou
o tenente.
Aldecy era chefiava o bando |
Foram presos e conduzidos à presença do
delegado José Dias Bezerra, plantonista da semana na 19ª Seccional Urbana de
Itaituba, Aldecy da Siulva, 28, e as irmãs Marcilene e Marciane Menezes do
Nascimento, de 24 e 26 anos respectivamente. Junto com o grupo, a polícia
apreendeu aparelhos celulares, muita bagagem de viagem e vários ‘pacotes’ de
papel envolvidos com notas de R$ 10, R$ 20 e R$ 100. “Eles estavam fazendo uma
verdadeira ‘turnê’ pelo interior do Pará. O grupo utilizava o sentimento de
ganância das vítimas. Um dos bandidos, normalmente uma mulher, chegava junto à
pessoa e atirava um pacote no chão. Em seguida, uma outra pessoa chegava e
alertava que a pessoa acabava de ‘achar’ aquele pacote. A pessoa, na ânsia de
ganhar dinheiro fácil, ‘caía na conversa’ e acabava sendo ludibriada”, resumiu o
escrivão Raimundo Carvalho, responsável pelo inquérito.
Marciane (acima) e Marcileneeram as "iscas" |
Segundo o delegado, o
procedimento contra o trio já foi lavrado. Eles foram autuados pela prática de
estelionato, furto, roubo qualificado e formação de quadrilha. Toda a papelada
já foi encaminhada ao Judiciário e a autoridade policial aguarda apenas o
posicionamento do juiz. “Pela gravidade dos crimes praticados e pelos
antecedentes e outros agravantes, certamente esse grupinho deverá ‘descer’,
ainda hoje, para a Cadeia Pública”, presumiu o delegado. "Na verdade, esse
pessoal faz parte de uma quadrilha maior que age em vários estados. Mas o 'QG'
deles é em Manaus", concluiu.
Fonte: Mauro Torres...
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